20140528
Embaixada de Angola participa na comemoração do Dia de África no Canadá
No intuito de divulgar as potencialidades culturais e económicas do continente berço, no 51º aniversário da criação da Organização de Unidade Africana (OUA), hoje União Africana (UA), as representações africanas expuseram obras de arte dos respectivos países, bem como material de informação geral.
No espaço de Angola destacavam-se algumas brochuras sobre questões culturais, geográficos e turísticos de Angola, sobre o incentivo ao investimento e comércio no país, bem como peças de artesanato diversas.
Ao falar à Angop em Ottawa, no final do evento, o embaixador de Angola no Canadá, Agostinho Tavares, destacou a contribuição das missões africanas acreditadas neste país para o sucesso da celebração do Dia dedicado à África, que considerou ter ultrapassado as expectativas dos organizadores.
Agostinho Tavares salientou que a atenção que o Canadá está presentemente a dedicar ao continente africano denota a necessidade que o actual governo tem em estreitar as relações com África e recuperar o tempo perdido.
Ao intervir no certame, em representação do Governo canadiano, o Ministro do Comércio Internacional, Ed Fast, procurou justificar o incremento no envolvimento do Canadá no continente africano.
Segundo o governante, o seu país acredita na prosperidade de África e, para incentivar os canadianos a investir neste continente, as autoridades têm assinado, com vários países africanos, um Acordo de Promoção e Protecção Recíproca de Investimento (APPRI) e está engajado em negociações com tantos outros.
No caso de Angola, Agostinho Tavares explicou que o país não assinou ainda o APPRI, havendo perspectivas para uma eventual negociação no futuro, tão logo esteja concluído o modelo do referido instrumento jurídico pelas autoridades angolanas.
O governante canadiano aproveitou a ocasião para informar a sua segunda deslocação ao continente africano, em Junho deste ano, à frente de uma delegação de homens de negócios de seu país que irão analisar as oportunidades de investimento na África do Sul, Tanzânia e em um outro país daquela zona a indicar.
No que se refere às ajudas, salientou que o Canadá está a liderar um programa que visa melhorar a situação de mulheres grávidas em países menos desenvolvidos, bem como assegurar o crescimento de seus filhos.
Informou que 80 porcento da verba de 1.1 milhões de dólares, alocados para este programa, está cabimentado para África e espera que muitos países do continente possam beneficiar desta ajuda que, segundo afirmou, poderá fazer a diferença na vida de muitas mães e crianças.
Em nome dos parlamentares canadianos falou o deputado Mauril Belanger da Associação Parlamentar Canada-África (CAPA, sigla em inglês), que detalhou as metas da sua organização, que tem procurado atrair a atenção dos deputados do seu país aos problemas enfrentados pelos seus colegas africanos.
A antiga Governadora-Geral do Canadá, Michael Jean, convidada de honra dos embaixadores africanos, também teceu algumas considerações acerca de África.
Disse acreditar que o continente está no caminho certo e como prova apontou a qualidade das instituições financeiras africanas e a diversificação das suas economias que lhe permitirá assumir as rédeas do seu destino.
Solicitou maior investimento no ramo da formação do capital humano de modo a melhorar a qualidade dos quadros africanos e garantir, deste modo, um desenvolvimento social e económico sustentável.
Ao usar a palavra na abertura da cerimónia, a decana dos chefes das missões Diplomáticas Africanas no Canada, a embaixadora do Zimbabwe, Florence Zano Chideya, destacou os objectivos da UA que visa conseguir a unidade dos países do continente berço.
Após apresentar o tema da UA para este ano, que é “Agricultura e a Segurança Alimentar”, explicou as linhas mestras do programa “Agenda 2063”, adoptado, em Adis Abeba, em 2013, que consiste em empregar os recursos de África em benefício dos africanos.
A actividade política foi precedida da cultural que ficou marcada com a apresentação de alguns números de dança e de música ao vivo por parte de artistas africanos radicados no Canada. Cada missão diplomática colocou à disposição dos convivas alguns dos seus pratos típicos.
Para além de Angola, participaram igualmente a Argélia, Burkina Faso, Burundi, Camarões, República Democrática do Congo (RDC), Egipto, Gabão, Gana, Guiné Conacry, Kenya, Lesotho, Madagáscar, Mali, Marrocos, Níger, Nigéria, Ruanda, Senegal, África do Sul, Sudão, Tanzânia, Tunísia, Uganda, Zâmbia e Zimbabwe.
A audiência era composta por membros do governo, do Parlamento e alguns funcionários seniores do Ministério dos Negócios Estrangeiros e do Comércio Internacional e de chefes de Missões Diplomáticas acreditadas no Canadá, bem como membros da sociedade canadiana.
Destacava-se igualmente a presença do antigo Primeiro Ministro do Canada, Jean Chretien, do antigo embaixador deste país na ONU, Robert Fowler, autor do Relatório Fowler, bem como do engenheiro Jacques Roy, figura ligada a luta de libertação nacional.
Fonte: Press
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